Por Beatriz Marin Hábitos simples de higiene, como lavar as mãos, estão ainda mais enfatizados para estarem presentes na nossa rotina hoje em dia. Devido ao contexto atual, os hábitos de higiene ganharam destaques e se tornaram essenciais, já que eles ajudam na prevenção de doenças, como o coronavírus. Também é ideal que essas ações continuem após o fim da crise sanitária. Contudo, não é apenas a higiene pessoal que deve continuar, a higiene nos estabelecimentos também. Isso é explicado pelo momento atual, na qual as normas de limpeza tendem a se tornar mais rigorosas, já que o tempo que vírus e bactérias permanecem em uma superfície pode variar, dependendo do material que ela é constituída. A higiene e o mercadoO conceito de higiene, embora tenha tido a sua origem na Grécia antiga, adquiriu maior importância no final do século XIX, após o reconhecimento que os microrganismos poderiam ser a causa de inúmeras doenças, como a tuberculose. A ideia de higiene está associada a necessidade de garantir a segurança sanitária. Isso ocorre por meio da diminuição, ou exclusão, das influências que podem prejudicar a qualidade dos produtos. Por isso, existia uma necessidade de normalização da higiene nos alimentos. Além disso, a normalização também surge como uma demanda da Revolução Industrial, quando a produção em série começou a se destacar. O atendimento às normas serviu para padronizar os produtos, garantindo suas características e padrões de desempenho. Então, para auxiliar na normalização de mercado e da higiene surgiram normas, como a ANVISA e as ISO’s. A ANVISA foi criada em 26 de janeiro de 1999, com a finalidade institucional de promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e do consumo de produtos. Já as ISO’s foram estipuladas em 23 de fevereiro de 1947. Elas foram criadas com o objetivo de facilitar, em nível mundial, a coordenação e unificação das normas industrias. Com isso, pode- se observar que cada norma tem o seu foco, mas ambas têm a finalidade de garantir a segurança sanitária do consumidor e a qualidade do produto. Adequação as normasO futuro das normas sanitárias é incerto, pois pode-se prever que elas fiquem mais rígidas devido à crise atual. Entretanto, para se adequar a essas novas normas de fiscalização, primeiro deve-se estar de acordo com as atuais, como a ISO 9001 e a ANVISA. 1. ISO 9001A expressão ISO é uma sigla para Organização Internacional de Padronização, que é uma das maiores que desenvolvem normas no mundo. A ISO gera padrões de qualidade de gestão, projetos, fabricação e uso de máquinas, de forma segura e eficiente. As normas ISO são divididas por série, cada uma com uma finalidade. Entre as mais conhecidas, a ISO 9001 é a principal. A ISO 9001 foi criada para melhorar o desempenho da empresa. Ela é um sistema de gestão de qualidade, que permite ao gestor identificar e corrigir procedimentos ineficazes. Além disso, esse é um sistema que auxilia na forma de documentar a cultura da empresa. Dentro das normas exigidas pela ISO, estão presentes processos que garantem a segurança e a higiene dentro dos estabelecimentos. Por esse motivo, o ideal é frequentar lugares que possuem essa certificação, pois garante que o produto tem a sua qualidade assegurada. 2. ANVISAA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma organização criada com a finalidade de garantir os padrões de qualidade de produtos e serviços. Além disso, também afirma a segurança da população ao fiscalizar os estabelecimentos, mercadorias e serviços que se relacionem diretamente, ou indiretamente, com a saúde da população. Alguns exemplos são os agrotóxicos, a indústria farmacêutica, serviços de saúde, entre outros. Dessa forma, a Anvisa assegura que o produto consumido no dia-a-dia é seguro e está dentro dos padrões de qualidade. Essas verificações são feitas regularmente por agentes da vigilância ou quando há uma denúncia. Nelas, os fiscais conferem se o estabelecimento está em conformidade com as regras de higiene e armazenamento dos produtos propostas pela ANVISA, como a certificação das Boas Práticas de Fabricação (BPF). 3. Boas Práticas de FabricaçãoAs Boas Práticas de Fabricação abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotas pelas indústrias de alimentos. Ela tem a finalidade de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. Tudo isso para assegurar que o alimento esteja salvo de contaminações e, dessa forma, proteger a saúde do consumidor. A importância das normas para o seu negócioAs normas são de suma importância para o seu negócio, pois além de assegurarem a qualidade dos seus produtos, a saúde do consumidor e a higiene sanitária, elas garantem que a sua empresa seja sinônimo de confiança no mercado.
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Por Beatriz Marin O laboratório é um local construído para realizar experimentos e por isso, ele precisa contar com instrumentos e condições adequadas para oferecer segurança aos profissionais. Esses cuidados vão desde o material a ser analisado até os equipamentos, as formas de trabalho, o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e as técnicas do profissional. E para isso, todo laboratório precisa seguir as Boas Práticas Laboratoriais (BPL). O que são as Boas Práticas de Laboratório?As Boas Práticas de Laboratório são um conjunto de ações que devem ser realizadas para garantir a eficácia dos processos. Ou seja, em outras palavras, a BPL é um sistema de qualidade utilizado para analisar a rotina dos procedimentos realizados em um laboratório. Ela assegura confiabilidade nos resultados obtidos através das pesquisas e testes, o que ajuda a gerar bons resultados e agregar valor nas análises. Essa confiabilidade dos estudos efetuados sob as normas de BPL fornece segurança, principalmente no que se refere à analise de risco decorrente da utilização dos produtos, proporcionando impactos positivos na preservação da saúde da população e para o meio ambiente Categorias de RiscosOs riscos que podem acontecer em um laboratório são classificados em 5 categorias:
Os objetivo das Boas Práticas de LaboratórioOs principais objetivos da BPL são:
Assim, a BPL tem vários objetivos que visam manter padrões mínios para um laboratório funcionar adequadamente e eficientemente. Implementação da BPLA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é aquela que estabelece as normas para que a implantação da BPL seja feita. Nessas normas se encontram condutas de instruções sobre a organização do ambiente de trabalho, a execução de procedimento fundamentais, o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e o uso de Equipamentos de Proteção Coletivos (EPCs). Os EPIs são itens obrigatórios que os laboratórios devem fornecer de maneira suficiente. Eles servem como um mecanismo de proteção primária quanto ao contato de agentes físicos, biológicos, químicos e outros riscos que existem no ambiente de trabalho. Os principais EPIs são: jaleco, luva (seguindo suas classificações de uso), touca, calçados de segurança, protetores faciais, oculares e auditivos. Os EPCs possuem a função de proteger a saúde dos profissionais no ambiente. Os principais são: chuveiro de emergência, lava-olhos, autoclave, extintores de incêndio, kit de derramamento e cabines de segurança biológica. Além disso, também se encontram instruções sobre um sistema de limpeza adequada do laboratório, dos materiais e da correta higienização pelos profissionais. Monitoramento e avaliação das atividades da BPLDepois de inserida as atividades da BPL, é crucial monitorar sua efetividade. Isso pode ser feito por meio de indicadores de produtividade, como glosas de convênio, perda de produtividade por defeito nos equipamentos, o número de solicitações e de pedidos atendidos e não atendidos. Assim, será mais fácil identificar os pontos negativos, trabalhar em prol da produtividade e aperfeiçoar os serviços. As Boas Práticas de Laboratório têm o objetivo de nortear as principais atividades realizadas nos serviços. Isso ocorre por meio de estratégias que minimizam o risco de exposição a agentes nocivos. Com isso, também contribuem para a melhoria da qualidade das análises e faz com que a empresa seja sinônimo de confiança.
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